quarta-feira, 19 de outubro de 2011

ADEUS A MAURÍCIO

maurício simões (Foto: Divulgação)
O treinador Maurício Simões, conhecido como o Rei do Nordeste, morreu na noite desta terça-feira em Aracaju, encerrando de forma precoce uma vitoriosa carreira no futebol. Dono de 12 títulos estaduais (seis em Sergipe, três na Paraíba e três no Piauí), Simões coleciona também muitos momentos polêmicos em 20 anos de carreira.
Como no Brasil existe o ditado de que “todo mundo vira santo quando morre”, mas certamente Maurício Simões nunca tentou ser um enquanto trabalhou de forma vitoriosa no futebol, a reportagem do GLOBOESPORTE.COM/PB listou dez dos momentos mais polêmicos de sua trajetória.
Como no dia em que ele foi expulso de campo após chamar o árbitro Rodrigo Cintra de “viado safado”, quando comandava o Confiança-SE na Série C de 2008, em jogo contra o ASA de Arapiraca. Na ocasião, ele foi suspenso por 120 dias. Ou quando ele deixou o Campinense e levou para o arquirrival Treze toda a base da equipe rubro-negra campeã paraibana de 2004.
Aliás, Maurício Simões nunca foi muito afeito a cumprir seus contratos. Já agora em 2011, por exemplo, mais uma vez no Campinense, ele abandonou o time no meio do Campeonato Brasileiro da Série C para assumir o Salgueiro de Pernambuco, que joga na Série B do Brasileirão.
Mas a maior polêmica envolvendo Maurício Simões teve o Botafogo-PB como alvo. Na final do Campeonato Paraibano de Futebol de 2006, irritado com a torcida botafoguense que chamava os trezeanos de “matutos”, ele chamou João Pessoa de “quintal de Recife” e disse que quando ele queria comer goiaba ou chupar manga saía da capital pernambucana e viajava para a capital paraibana.
Na época, Simões recebeu o título de “persona non grata” pela Câmara Municipal de João Pessoa, mas anos depois também treinou o Belo, numa pífia campanha no Paraibano de 2009.
maurício simões no campinense (Foto: Leonardo Silva / Jornal da Paraíba)Maurício Simões teve várias passagens pelo Campinense e em todas ele se envolveu em polêmica
(Foto: Leonardo Silva / Jornal da Paraíba)
Veja na ordem cronológica os dez momentos mais polêmicos da vida de Maurício Simões no futebol:
1 – Maurício Simões, enquanto técnico do Campinense, se envolveu numa confusão com jogadores do Treze, durante um Clássico dos Maiorais. Na época, ele criticou duramente o Galo e disse que nunca trabalharia na equipe alvinegra.
2 - Maurício Simões foi campeão paraibano pelo Campinense em 2004 e, pouco depois de jurar “amor eterno” à Raposa, se transferiu para o Treze levando junto toda a base rubro-negra. No Galo, se tornou bicampeão paraibano consecutivo. A mudança provocou revolta entre os raposeiros.
3 - Em 2006, Maurício Simões, como treinador do Treze, deu uma cotovelada no atleta raposeiro Marcos Paulo, quando este se aproximava do banco de reservas adversário para pegar uma bola. O técnico depois foi suspenso pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva.
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maurício simões no botafogo-pb (Foto: Felipe Gesteira / Jornal da Paraíba)Simões trabalhou no Belo mesmo depois de
chamar João Pessoa de 'quintal de Recife'
(Foto: Felipe Gesteira / Jornal da Paraíba)
4 – Ainda em 2006, na final do Campeonato Paraibano, Maurício Simões se envolveu em sua maior polêmica. Irritado com a torcida do Botafogo-PB, que chamava os torcedores do Treze de matutos, ele soltou o verbo contra a capital paraibana: “Quando eu quero comer goiaba e chupar manga, eu vou para João Pessoa, que é o quintal de Recife”. A frase lhe rendeu o título de 'persona non grata' pela Câmara Municipal de João Pessoa.
5 - Em 2007, voltou ao Campinense. Praticamente eliminada da competição, a Raposa poderia “melar” a classificação do Treze para as semifinais do Campeonato Paraibano. Se o Campinense perdesse da Desportiva Guarabira eliminaria o Treze. Dirigentes e torcedores raposeiros pediram para “abrir”, mas Simões levou o time a vitória. Com o Galo classificado e a Raposa eliminada, ele se apresentou no dia seguinte como novo técnico do rival, levantando a suspeita de que já estaria fechado com o alvinegro antes mesmo do fim de sua campanha na equipe rubro-negra.
6 – Em 2008, como treinador do Confiança-SE, chamou o árbitro Rodrigo Cintra de “viado safado”. Foi expulso de campo e depois levou um gancho de 120 dias de suspensão.
7 – Em 2009, ele foi contratado pelo Botafogo-PB para comandar o time no Campeonato Paraibano de Futebol. A contratação revoltou a torcida pessoense, que ainda lembrava das declarações dele feitas em 2006 contra a capital paraibana. Simões não teve sucesso no Belo e acabou demitido poucas rodadas depois.
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Tem uns boatos de que muito jornalista é viado e nem por isto eu repercuto isto"
Maurício Simões
8 – Como treinador do Central, irritado com boatos sobre sua saída do time, Maurício Simões disparou: “Tem uns boatos de que muito jornalista é viado e nem por isto eu repercuto isto”.
9 – Tempos depois, Simões de fato deixou o Central, que na época era vice-líder do Campeonato Pernambucano de Futebol, para assumir o comando do Campinense. Ele saiu do time de Caruaru metendo o pau na diretoria do clube, chamada por ele de incompetente, e dizendo que ganharia um apartamento novo em seu retorno a Campina Grande.

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